Somos o que lemos?
Ler apresenta-se
como um verdadeiro exercício de alteridade, uma relação com o outro, com o texto e consigo. Trata-se
de uma dinâmica e experiência
incomparável possível desde os primeiros registros, que, agora, na pós
modernidade descortina-se ímpar, sem limites.
Como professora
costumo afirmar que não há texto/leitura melhor ou mais efetiva, o que existe
são possibilidades e necessidades, diversidade de contextos e práticas. Todas
as leituras são fundamentais e fundantes.
No que se refere
às minhas experiências de leitura, desde a leitura partilhada ou a solitária
sempre forma marcadas pela espacialidade, isto é, aboletada no sofá junto a
família ou estirada na cama, às vezes, sentada na calçada enquanto o sol se
punha.
Gostava de ler
letras de música, sem cantá-las, experimentando sua musicalidade interna.
Acredito que não
há um caminho para a descoberta do gosto pela leitura, mas caminhos, alguns
partem de seus próprios relatos em um diário ou agenda pessoal, outros da
convivência com leitores, outros no processo da escolaridade. O que importa é a
relação que o leitor e escritor estabelece com aquilo que é lido ou escrito,
afinal como expressa Rubem Alves somos o que somos pelos escritores que
devoramos.
Ismália C Ferraz - cursista
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