O Curso Leitura e Escrita em Contexto Digital foi muito bom e proveitoso.
Os textos que compuseram os módulos foram excelentes, possibilitaram reflexões sobre a minha prática pedagógica e incrementaram a minha formação acadêmica.
Constatei que estou no "caminho certo", que o meu trabalho vem sendo feito dentro de parâmetros que norteiam o ensino e a aprendizagem do aluno e a sua construção do conhecimento.
Os depoimentos de escritores, artistas de um modo geral e de pessoas comuns, deram um novo alento à carreira do Magistério, no sentido de continuar sendo otimista e acreditar que a Educação é o caminho único para uma vida, efetivamente, feliz e promissora.
Acredito que a prática da leitura e da escrita deve ser a grande protagonista no cenário da Educação e precisa ser desenvolvida por cada educador, em cada componente curricular, visando a construção de valores para a disseminação da competência leitora e escritora do aluno cidadão.
Entendo que a formação do leitor proficiente, acontece em um processo lento e contínuo, mas é imprescindível o trabalho árduo do educador, para que essa formação se dê.
É sabido que o professor é visto como um exemplo a ser seguido e, nesse contexto, cabe a ele passar uma imagem autêntica do bom educador.
Se educadores e educandos falarem a mesma língua, a língua da sabedoria e do discernimento, penso que chegaremos a mudar o quadro da Educação Pública e formaremos "leitores", de fato.
Vale ressaltar que é essencial para a formação de leitores proficientes, professores , também, proficientes e abertos para novas práticas pedagógicas; que buscam nas TICS, um caminho alternativo e pertinente para todos os segmentos que compõem a Educação.
VIVÊNCIAS COM LEITURA
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Introdução para o Interrogatório - Márcia Aparecida Carvalho Pozzato
O grupo 3, do Curso de Aperfeiçoamento em Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade criou um Interrogatório, seguindo a comanda que compõe o Módulo 3.
Um interrogatório ( que supostamente aconteceu horas depois dos eventos enumerados e é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o cadáver ).
Um interrogatório ( que supostamente aconteceu horas depois dos eventos enumerados e é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o cadáver ).
Gênero de texto a ser construído:
Um interrogatório ( que supostamente aconteceu horas depois dos eventos
enumerados e é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o
cadáver ):
Na sala do Dr. Fausto Ayalla, Delegado de Polícia da 13ª D.P. da Comarca do
Parque das Estrelas, na cidade de Santa Filomena, interior do Estado de São
Paulo, aconteceu um fato inusitado no dia 31 de outubro de 2012, que foi
relatado pela professora Márcia Ap. Carvalho Pozzato, na presença de seu
advogado, Dr. Leonardo Lima e do escrivão Eriberto de Almeida.
"Bom dia, Dr. Fausto!"
Meu nome é Márcia Ap. Carvalho Pozzato, sou professora de Português, resido
à rua João Mendes nº 10, Bairro dos Ipês e como faço todos os dias, levanto-me
às 5h e 30min, para começar mais um dia de trabalho e, no momento que saí do meu
quarto, após ter tomado banho e escovado os dentes, dirigi-me à cozinha para
fazer o café e ouvi vozes e passos apressados na direção do meu portão de
entrada. Olhei através do olho mágico e vi uma pessoa caída na soleira do meu
portão.
"Dona Márcia, esse fato que a senhora está relatando é muito grave e requer
detalhes. A que horas, exatamente, a senhora ouviu essas vozes e os
passos?"
"Acredito que foi por volta das 6:00 horas da manhã, horário de verão,
ainda escuro."
"Eu preciso saber como a senhora procedeu, a partir do momento que viu essa
pessoa caída na soleira?"
"Eu fiquei muito assustada, mas criei coragem para ver quem era essa
pessoa. Cheguei bem perto e constatei que era um cadáver do sexo masculino; o
corpo estava frio, a pele apresentava hematomas e vários ferimentos feitos,
possivelmente, com objetos cortantes, como facas e estiletes e, um fato me
chamou a atenção; na mão esquerda da pessoa morta havia as iniciais M.R."
"A senhora conhecia a vítima?"
"Não, eu nunca vi em minha cidade e tampouco em meu bairro!"
"Qual foi a reação da senhora e o seu procedimento após certificar-se que
havia um cadáver na soleira do seu portão?"
"A minha primeira reação foi de medo do fato em si, porque entendi que um
crime foi cometido e, que os criminosos precisavam livrar-se do corpo e tentar
uma possível fuga. Senti um clima ruim, parecia que alguém me observava, embora
não avistasse ninguém ao redor."
"Por que a senhora afirma que a vítima foi morta, por criminosos?"
"Porque ouvi vozes e passos apressados."
"Qual foi, então, o seu primeiro contato?"
"Liguei para o advogado de minha família, relatei tudo a ele e recebi as
suas orientações legais. O Dr. Leonardo Lima entendeu que era necessário entrar
em contato com a Polícia e registrar um Boletim de Ocorrência e relatar todo o
fato ao delegado da 13ª D.P. do meu bairro."
"Dona Márcia, há indícios de "execução", pois o corpo da vítima foi
cruelmente golpeado. Nessas circunstâncias, peço que a senhora não se ausente da
cidade, esteja à disposição da Polícia e colabore com as investigações."
"Dr. Fausto, o senhor acredita que o "crime" foi passional?"
"Por que a pergunta, professora?"
"Pelo fato de a vítima estar com as iniciais escritas na palma da mão
esquerda e querer guardar, para sempre, essa paixão do lado esquerdo do seu
corpo, ou seja, no seu coração!"
"Dona Márcia, a senhora já ajudou bastante, mas deixe a investigação
por conta da polícia, está bem ?"
"Perfeitamente doutor, aguardo um novo contato."
"A polícia já dispõe de algumas pistas dos criminosos, o seu depoimento foi
registrado pelo escrivão Eriberto de Almeida, foi assinado em três cópias pela
senhora e, por hora, está dispensada.Todo "crime" é passível de diferentes
investigações e levantamento de hipóteses; sendo assim, pedirei uma
"reconstituição" dos fatos e voltarei a interrogá-la , na forma da lei."
Ao final do interrogatório, a professora Márcia Ap. Carvalho Pozzato deixou
a 13ª D.P., com a autorização do Dr. Fausto Ayalla, na companhia de seu
advogado, Dr. Leonardo Lima.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Somos o que lemos?
Ler apresenta-se
como um verdadeiro exercício de alteridade, uma relação com o outro, com o texto e consigo. Trata-se
de uma dinâmica e experiência
incomparável possível desde os primeiros registros, que, agora, na pós
modernidade descortina-se ímpar, sem limites.
Como professora
costumo afirmar que não há texto/leitura melhor ou mais efetiva, o que existe
são possibilidades e necessidades, diversidade de contextos e práticas. Todas
as leituras são fundamentais e fundantes.
No que se refere
às minhas experiências de leitura, desde a leitura partilhada ou a solitária
sempre forma marcadas pela espacialidade, isto é, aboletada no sofá junto a
família ou estirada na cama, às vezes, sentada na calçada enquanto o sol se
punha.
Gostava de ler
letras de música, sem cantá-las, experimentando sua musicalidade interna.
Acredito que não
há um caminho para a descoberta do gosto pela leitura, mas caminhos, alguns
partem de seus próprios relatos em um diário ou agenda pessoal, outros da
convivência com leitores, outros no processo da escolaridade. O que importa é a
relação que o leitor e escritor estabelece com aquilo que é lido ou escrito,
afinal como expressa Rubem Alves somos o que somos pelos escritores que
devoramos.
Ismália C Ferraz - cursista
GÊNERO DE TEXTO A SER CONSTRUÍDO
Um interrogatório (que supostamente aconteceu horas depois dos eventos enumerados e é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o cadáver);
Eu, Dr. Melquíades de Albuquerque, brasileiro, casado, maior, capaz,, Delegado de Polícia da 13ª D.P. da Comarca de Arraial do Sem Fim, interroguei nesta presente data de 30 de outubro de 2012 o Sr. Edivaldo Biscassi, brasileiro, solteiro, maior, professor, residente e domiciliado no Edifício Princesa, sito à Alameda de Girafa nº 50-12, quinto andar, nesta cidade. O Mesmo compareceu nesta delegacia sem a presença de um advogado para prestar esclarecimentos sobre os fatos ocorridos na manhã de hoje, pois encontrou na porta de sua residência, o cadáver de um homem até o momento não identificado.
Durante nossa conversa inicial , pedi ao interrogado: “Relate-me com detalhes suas primeiras horas no dia de hoje”. E o mesmo me respondeu:
“Dr. eu não tenho culpa de nada! Mas estou aqui para ajudar no que a polícia precisar. Eu acordei com um barulho estranho que vinha do corredor do prédio. A princípio achei que estava sonhando, abri os olhos , atentei para o despertador que marcava 5h45mim, permaneci deitado por mais algum tempo, foi quando ouvi outro barulho parecido com o de um corpo caindo. Levantei-me, fui até o banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto, foi quando ouvi a campainha tocando”
“E o que o senhor fez em seguida?” Perguntei-lhe, e o mesmo continuou seu depoimento.
“Bom”! Após ouvir a campainha, saí correndo do banheiro, caminhei até a porta, destranquei a fechadura, e ao abri-la vi o corpo de um homem estendido no chão.
Interrompi o interrogado perguntando-lhe: Havia alguém nas proximidades?”–E o mesmo me respondeu:
“Não Doutor, corri os olhos sobre o corredor, porém estava muito escuro, talvez propositadamente , mas não havia ninguém nas imediações, foi quando me abaixei, toquei o corpo com os dedos, senti sangue e um buraco no peito, o corpo estava frio e rígido, tratava-se de um cadáver”.
“E o que o senhor fez em seguida?” –Indaguei-lhe.
“Corri para o telefone e disquei o número da Central da Polícia, logo em seguida o Senhor e sua equipe chegaram, e agora eu estou aqui, sentado nesta delegacia, dando depoimento” .Explicou o interrogado.
“O senhor tem ideia de quem possa ser o autor do crime?” _Perguntei-lhe.
“Não, doutor! A vítima nem é moradora do prédio”.
Terminei meu interrogatório dizendo que por hora bastava, mas que o interrogado não deveria deixar a cidade, pois ficaria a disposição da polícia para mais averiguações e informei-lhe que seu apartamento estava sendo vasculhado em busca de pistas. Após ler seu depoimento e concordar com o teor do mesmo, o interrogado assinou-o em três vias, partimos então para a coleta de suas impressões digitais e em seguida dispensei-o por tratar-se de um cidadão de boa conduta e sem antecedentes.
Arraial do Sem Fim, 30 de Outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Memórias
O ruído de uma escola
sob a perspectiva de uma criança, a correria do pátio, os passos no corredor. A
cortina pesada correndo no varão. O apagador deslizando na lousa, a voz aguda e
pausada da professora, uma mulher rechonchuda, bochechas salientes e um sorriso
branco.
Havia muito esperado
este dia, sentada na segunda fila observei a palavra Cida na lousa, já
reconhecia a escrita e até já escrevia alguma coisa, trabalho de minha irmã
mais velha que me ensinava tudo o que aprendia na escola. Descobri isso no
decorrer dos dias, as lições eram as mesmas que havia feito, através dos
cadernos e cartilha da minha irmã.
Uma versão melhorada,
isto era o meu primeiro caderno. Agora fico a pensar, quantas vezes a mesma
aula, as mesmas páginas a professora Cida orientou. Novidade só nas festas da
escola e na saudação semanal ao Pavilhão Nacional na frente da escola. O começo
do segundo ano foi a mesma coisa, nova professora, mesmas aulas, uma vez que
cumpria as minhas atividades e espiava os cadernos da minha irmã. A nova
professora, a do segundo ano, cabelos
compridos, dedos longos, até o olhar era comprido pouco conheci¸ pois nos
mudamos de cidade.
A nova escola era
maior, os corredores, o pátio, um campo atrás do prédio para o jogo de queimada, será que era por isso que as
crianças corriam mais? Um palco, nunca utilizado, nos servia de pique para as
brincadeiras. A professora, sempre de saia abaixo dos joelhos e sentada, tirava
a dentadura para assustar os alunos, eu como tinha curiosidade de tocar, uma
vez que, um dos meus familiares que fazia uso dos dentes artificiais não o
permitia, me aproximava, mais curiosa que amedrontada, transformei-me na
valente da sala. As aulas eram novas e
eu as cumpria, um garoto passava todas as respostas certas na lousa e
nós apagamos aquilo que havíamos escrito.
O terceiro ano foi o
melhor, já estávamos em outra cidade, a professora Orência entrava sorrindo e
logo preparava com giz colorido, no canto esquerdo da lousa, o quadrinho do leu
melhor, todo dia, pelo menos seis alunos liam, três meninos e três meninas eram
ouvidos, confesso que gostava do meu nome no quadro das garotas, e com pouca
modéstia, afirmo que todas as vezes que competia, meu nome estava lá, o meu e
do Arnaldo pelos meninos.
Esta professora de
dentes separados, sempre entulhava a sua mesa de coisas todo dia, embora
tivéssemos o livro escolar, pacotes de objetos, figuras e livros, no final dos
bimestres um bolo enorme, branco, ia para o centro da sala, e os três melhores
alunos eram premiados, fiquei com o primeiro lugar, mas troquei com o Arnaldo o
prêmio do segundo lugar, este era um livro, o outro um caderno de pintura.
A professora Orência
exigia que todas as carteiras fossem cobertas por plásticos, isso dava um aspecto
colorido para a sala, um pouco enfeada pelos plásticos sujos e um tanto
encardidos do Mauro e seus amigos, mesas estas que recebiam um esfregada da
professora de tempos em tempos. O mesmo Mauro que um dia recebeu,
disfarçadamente, um par de sapatos da professora. Na ocasião não entendi que
tipo de premiação estranha era aquela, se este era o aluno mais fraco da sala.
As aulas eram mais
alegres e a professora recolhia os cadernos de redações e os colocava, ou numa
enorme sacola cinza, ou nas prateleiras do armário da sala, levávamos para casa o caderno de lições e o
de tarefas.
A professora Clélia foi
a mestra do quarto ano, uma senhora de pele queimada pelo sol, olhar firme e
exigente, seu olhar calava a sala. Saía distribuindo pequenos tapas naqueles
que utilizavam os dedos para fazer as contas, acostumei-me a esconder as mãos
no guarda volumes das carteiras para contar nos dedos, quando na lousa,
disfarçava no uniforme escolar, a professora, sempre com olhar fixo na sala, só
contemplava a lousa após o eleitos terem finalizado os gigantescos problemas.
O quadro negro
comportava quatro problemas, quatro eleitos iam para lá, sempre se encaminhavam
e não retornavam aos seus lugares até concluí-los, acertadamente ou não. E eu
os cumpria, bem como, as demais tarefas e exigências, a melhor parte era quando
recebíamos o jornalzinho de uma editora, nos quais podíamos fazer escolhas e
encomendas. A professora enviava todos os pedidos e o dia em que chegavam e eram distribuído pela Dona
Clélia era uma festa, além da obra encomendada, recebíamos uma revista
Coquetel, até mesmo quem não comprava nada. Sofia , a desastrada; o livro de
ouro da mitologia foram alguns dos volumes adquiridos.
A professora caminhava
pelos corredores, serpenteando as fileiras, por diversas vezes, indo e vindo
enquanto fazíamos as lições, o olhar perscrutando os cadernos, aquela senhora
me parecia tão incansável quanto controladora. Nos seus inúmeros conselhos
sempre asseverava que se um dia tivéssemos medo, devíamos repetir “se Deus é por
nós, quem será contra nós” Soube de colegas que utilizaram tal frase nos dias
de prova.
Os primeiros quatro
anos, ao relembrá-los, percebo que muito nos foi imposto, escolhas existiram,
mas foram em menor quantidade,será que os gostos pessoais atrapalham o
aprendizado, duvido muito, o grande Paulo Freire orientava que utilizassem a
própria história de vida para alfabetizar.
Nos anos seguintes, a
situação não mudou muito, a diversidade de professores fazia-nos perceber que
havia um padrão, copiar e responder; com algumas exceções, o professor de
música do ginásio, atual Ensino Fundamental, ciclo II, que nos permitia as
escolhas das músicas, os cartazes que afixamos onde queríamos no segundo ano do
ginásio, as mímicas feitas para o
professor de Educação Artística do terceiro ginasial.
Cumprir, e saber que
muito disso ainda existe nas escolas. As razões pelas quais aprendemos isto ou
aquilo é discutido em sala de aula? Se é
necessário cumprir o quanto pode ser facultado ao aluno escolher dentro deste
processo?
Agora professora, sei
que as aulas da Dona Orência nos pareciam mais animadas porque esta nos ouvia e
se relacionava com o que era dito pelos seus alunos. Os demais, mesmo quando
brincavam e sorriam, determinavam e, em alguns casos, nem as dúvidas ouviam,
talvez tão preocupados também com o cumprir.
Fica a indagação, criar
no processo de ensino aprendizagem, para professor e alunos, é mais importante que cumprir?
Agora, professora
Ismália, aposto no sim.
Professora Ismália Cristina Ferraz - cursista
domingo, 28 de outubro de 2012
A missão de Educar
" A missão de educar para o futuro,depende dos caminhos que escolhemos no presente. As futuras gerações necessitam de educadores que vivam o presente de uma forma inovadora, para que haja a esperança de uma educação mais completa, em que o conhecimento ultrapassa as paredes das salas de aula."
Apresentação do AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem . Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade.
Apresentação do AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem . Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade.
Educadores do Futuro: Apresentação
Educadores do Futuro: Apresentação: "A missão de educar para o futuro depende dos caminhos que escolhemos no presente. As futuras gerações necessitam de educadores que viv...
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