sexta-feira, 2 de novembro de 2012


GÊNERO DE TEXTO A SER CONSTRUÍDO

Postagem de Edivaldo Biscassi
  Um interrogatório (que supostamente aconteceu horas depois dos eventos enumerados e é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o cadáver);

Eu, Dr. Melquíades de Albuquerque, brasileiro, casado, maior, capaz,, Delegado de Polícia da 13ª D.P. da Comarca de Arraial do Sem Fim, interroguei nesta presente data de 30 de outubro de 2012 o Sr. Edivaldo Biscassi, brasileiro, solteiro, maior, professor, residente e domiciliado no Edifício Princesa, sito à Alameda de Girafa nº 50-12, quinto andar, nesta cidade. O Mesmo compareceu nesta delegacia sem a presença de um advogado para prestar esclarecimentos sobre os fatos ocorridos na manhã de hoje, pois encontrou na porta de sua residência, o cadáver de um homem até o momento não identificado.
Durante nossa conversa inicial , pedi ao interrogado: “Relate-me com detalhes suas primeiras horas no dia de hoje”. E o mesmo me respondeu:
“Dr. eu não tenho culpa de nada! Mas estou aqui para ajudar no que a polícia precisar. Eu acordei com um barulho estranho que vinha do corredor do prédio. A princípio achei que estava sonhando, abri os olhos , atentei para o despertador que marcava 5h45mim, permaneci deitado por mais algum tempo, foi quando ouvi outro barulho parecido com o de um corpo caindo. Levantei-me, fui até o banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto, foi quando ouvi a campainha tocando”
“E o que o senhor fez em seguida?” Perguntei-lhe, e o mesmo continuou seu depoimento.
“Bom”! Após ouvir a campainha, saí correndo do banheiro, caminhei até a porta, destranquei a fechadura, e ao abri-la vi o corpo de um homem estendido no chão.
Interrompi o interrogado perguntando-lhe: Havia alguém nas proximidades?”–E o mesmo me respondeu:
“Não Doutor, corri os olhos sobre o corredor, porém estava muito escuro, talvez propositadamente , mas não havia ninguém nas imediações, foi quando me abaixei, toquei o corpo com os dedos, senti sangue e um buraco no peito, o corpo estava frio e rígido, tratava-se de um cadáver”.
“E o que o senhor fez em seguida?” –Indaguei-lhe.
“Corri para o telefone e disquei o número da Central da Polícia, logo em seguida o Senhor e sua equipe chegaram, e agora eu estou aqui, sentado nesta delegacia, dando depoimento” .Explicou o interrogado.
“O senhor tem ideia de quem possa ser o autor do crime?” _Perguntei-lhe.
“Não, doutor! A vítima nem é moradora do prédio”.
Terminei meu interrogatório dizendo que por hora bastava, mas que o interrogado não deveria deixar a cidade, pois ficaria a disposição da polícia para mais averiguações e informei-lhe que seu apartamento estava sendo vasculhado em busca de pistas. Após ler seu depoimento e concordar com o teor do mesmo, o interrogado assinou-o em três vias, partimos então para a coleta de suas impressões digitais e em seguida dispensei-o por tratar-se de um cidadão de boa conduta e sem antecedentes.
Arraial do Sem Fim, 30 de Outubro de 2012

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