segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Introdução para o Interrogatório - Márcia Aparecida Carvalho Pozzato

O grupo 3, do Curso de Aperfeiçoamento em Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade criou um Interrogatório, seguindo a comanda que compõe o Módulo 3.
Um interrogatório ( que supostamente aconteceu horas depois dos eventos enumerados e  é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o cadáver ).
Gênero de texto a ser construído:

Um interrogatório ( que supostamente aconteceu horas depois dos eventos enumerados e é presidido pelo delegado junto a você, pessoa que encontrou o cadáver ):

Na sala do Dr. Fausto Ayalla, Delegado de Polícia da 13ª D.P. da Comarca do Parque das Estrelas, na cidade de Santa Filomena, interior do Estado de São Paulo, aconteceu um fato inusitado no dia 31 de outubro de 2012, que foi relatado pela professora Márcia Ap. Carvalho Pozzato, na presença de seu advogado, Dr. Leonardo Lima e do escrivão Eriberto de Almeida.

"Bom dia, Dr. Fausto!"

Meu nome é Márcia Ap. Carvalho Pozzato, sou professora de Português, resido à rua João Mendes nº 10, Bairro dos Ipês e como faço todos os dias, levanto-me às 5h e 30min, para começar mais um dia de trabalho e, no momento que saí do meu quarto, após ter tomado banho e escovado os dentes, dirigi-me à cozinha para fazer o café e ouvi vozes e passos apressados na direção do meu portão de entrada. Olhei através do olho mágico e vi uma pessoa caída na soleira do meu portão.

"Dona Márcia, esse fato que a senhora está relatando é muito grave e requer detalhes. A que horas, exatamente, a senhora ouviu essas vozes e os passos?"

"Acredito que foi por volta das 6:00 horas da manhã, horário de verão, ainda escuro."

"Eu preciso saber como a senhora procedeu, a partir do momento que viu essa pessoa caída na soleira?"

"Eu fiquei muito assustada, mas criei coragem para ver quem era essa pessoa. Cheguei bem perto e constatei que era um cadáver do sexo masculino; o corpo estava frio, a pele apresentava hematomas e vários ferimentos feitos, possivelmente, com objetos cortantes, como facas e estiletes e, um fato me chamou a atenção; na mão esquerda da pessoa morta havia as iniciais M.R."

"A senhora conhecia a vítima?"

"Não, eu nunca vi em minha cidade e tampouco em meu bairro!"

"Qual foi a reação da senhora e o seu procedimento após certificar-se que havia um cadáver na soleira do seu portão?"

"A minha primeira reação foi de medo do fato em si, porque entendi que um crime foi cometido e, que os criminosos precisavam livrar-se do corpo e tentar uma possível fuga. Senti um clima ruim, parecia que alguém me observava, embora não avistasse ninguém ao redor."

"Por que a senhora afirma que a vítima foi morta, por criminosos?"

"Porque ouvi vozes e passos apressados."

"Qual foi, então, o seu primeiro contato?"

"Liguei para o advogado de minha família, relatei tudo a ele e recebi as suas orientações legais. O Dr. Leonardo Lima entendeu que era necessário entrar em contato com a Polícia e registrar um Boletim de Ocorrência e relatar todo o fato ao delegado da 13ª D.P. do meu bairro."

"Dona Márcia, há indícios de "execução", pois o corpo da vítima foi cruelmente golpeado. Nessas circunstâncias, peço que a senhora não se ausente da cidade, esteja à disposição da Polícia e colabore com as investigações."

"Dr. Fausto, o senhor acredita que o "crime" foi passional?"

"Por que a pergunta, professora?"

"Pelo fato de a vítima estar com as iniciais escritas na palma da mão esquerda e querer guardar, para sempre, essa paixão do lado esquerdo do seu corpo, ou seja, no seu coração!"

"Dona Márcia, a senhora já ajudou bastante, mas deixe a investigação por conta da polícia, está bem ?"

"Perfeitamente doutor, aguardo um novo contato."

"A polícia já dispõe de algumas pistas dos criminosos, o seu depoimento foi registrado pelo escrivão Eriberto de Almeida, foi assinado em três cópias pela senhora e, por hora, está dispensada.Todo "crime" é passível de diferentes investigações e levantamento de hipóteses; sendo assim, pedirei uma "reconstituição" dos fatos e voltarei a interrogá-la , na forma da lei."

Ao final do interrogatório, a professora Márcia Ap. Carvalho Pozzato deixou a 13ª D.P., com a autorização do Dr. Fausto Ayalla, na companhia de seu advogado, Dr. Leonardo Lima.

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